Evangelista presa injustamente é indenizada com 10 mil libras
- 25/09/2024
A evangelista Hatun Tash, conhecida por seu trabalho de pregação no Speakers’ Corner em Londres, foi indenizada em 10 mil libras pela Polícia Metropolitana após ser presa de maneira injusta enquanto criticava o Islã em 2022. Hatun, que lidera o ministério Defend Christ Critique Islam (DCCI), é famosa por suas críticas à fé islâmica e por carregar um exemplar do Alcorão com buracos, como forma de simbolizar as falhas que ela identifica na narrativa islâmica.
O incidente aconteceu no dia 26 de junho de 2022, quando Hatun e sua equipe preparavam-se para gravar uma pregação no famoso espaço de debates públicos do Hyde Park, em Londres. Durante o evento, um homem se aproximou de Hatun e roubou o Alcorão que ela carregava. Enquanto os cristãos que a acompanhavam chamavam a polícia para relatar o roubo, uma multidão de muçulmanos começou a se reunir ao redor da evangelista, gritando palavras de ordem e a agredindo verbalmente.
Quando a polícia chegou, ao invés de controlar a multidão, os oficiais tentaram remover Hatun do local. Após a evangelista se recusar a sair, alegando seu direito de pregar em um espaço público, os policiais a detiveram à força e a levaram até um carro da polícia. Hatun foi presa sob a acusação de “danos criminais” e por estar vestindo uma camiseta do Charlie Hebdo que retratava o profeta Maomé, o que gerou ainda mais tensão entre os muçulmanos presentes.
Prisões injustas e violação de direitos
Hatun Tash ficou detida por 15 horas na delegacia, onde foi revistada e interrogada. Ela relatou que não conseguiu dormir durante esse tempo e a ação da polícia violou seus direitos de liberdade de expressão e de pregar contra o Islã, conforme garantido pela Convenção Europeia dos Direitos Humanos (CEDH).
Após ser liberta, Hatun, com o apoio do Christian Legal Centre, entrou com uma ação judicial contra a Polícia Metropolitana. Seus advogados argumentaram que os policiais preferiram “se livrar de nossa cliente” ao invés de controlar a multidão que a agredia, ferindo assim seus direitos de liberdade religiosa e de expressão.
Sem apresentar justificativas para a prisão, a Polícia Metropolitana concordou em resolver o caso de forma extrajudicial, indenizando Hatun em 10 mil libras. Em resposta, a evangelista decidiu doar o valor da indenização para uma organização que apoia ex-muçulmanos perseguidos por abandonarem o Islã.
Ameaças e agressões anteriores
Esta não foi a primeira vez que Hatun Tash enfrentou perseguição por sua pregação no Speakers’ Corner. Em julho de 2021, ela foi esfaqueada no local por um homem de túnica islâmica, enquanto a polícia assistia à cena sem intervir. O agressor nunca foi identificado ou preso. Além disso, a evangelista já recebeu várias ameaças de morte e continua sendo um alvo constante de violência devido às suas críticas ao islamismo.
Em dezembro de 2023, as autoridades britânicas prenderam Edward Little, um terrorista islâmico que planejava matar Hatun com uma arma. Ainda assim, a evangelista criticou duramente a polícia por não agir de forma firme contra a violência e a intimidação de muçulmanos no Speakers’ Corner.
Liberdade de expressão em risco
Hatun Tash lamentou a postura da Polícia Metropolitana, alegando que a liberdade de expressão está sendo comprometida no Reino Unido. “A polícia repetidamente tirou meus direitos e me disse que não pode me proteger porque não quer ofender um determinado grupo de pessoas”, afirmou. “Não moramos no Paquistão, não moramos na Arábia Saudita. Sou cristã e, por padrão, acredito que Maomé é um falso profeta. Eu deveria ter permissão para dizer isso no Reino Unido sem ser esfaqueada ou repetidamente presa”, protestou.
Segundo a Christian Concern, Tash continua seu trabalho de evangelização, focando em desmascarar o que considera inconsistências na religião islâmica, e mantém sua pregação pública no Speakers’ Corner, apesar das ameaças e riscos constantes à sua segurança.
Com informações da Publicação: "Evangelista presa injustamente é indenizada com 10 mil libras" disponível em NT Gospel.
