Perseguição no Sudão: Cristã é espancada pelo marido por se recusar a negar Jesus
- 20/06/2024
Após ser espancada por não negar Jesus no Sudão, uma cristã perseguida relatou como permaneceu fiel em meio à guerra e intolerância religiosa no país.
Quando os conflitos começaram, Fátima e sua família precisaram se mudar para o Sudão do Sul em busca de refúgio. Na época, Fátima era muçulmana e ainda não tinha descoberto a esperança em Cristo e temia pela segurança da sua família.
No entanto, em um campo de refugiados, Fátima ouviu o Evangelho pela primeira vez. Mesmo ouvindo relatos de cristãos que sofreram isolamento social, abuso físico e até morte, ela se entregou a Jesus.
“Aceitei o Senhor Jesus como meu Salvador e Senhor. Encontrei liberdade e vida eterna Nele”, disse ela à Global Christian Relief.
E continuou: “Minha fé significa muito para mim. Significa liberdade total da escravidão que me manteve presa durante décadas”.
Perseguição Familiar
Contra a vontade do marido muçulmano, Fátima e os filhos começaram a frequentar a igreja. Então, ele ameaçou matá-la se ela não negasse a Jesus e retornasse para o Islã.
Quando Fátima se recusou a desistir de Cristo, o marido a agrediu com uma barra de metal e feriu gravemente seu fêmur (osso da coxa).
“Da próxima vez, se você não parar de frequentar esta igreja do seu Jesus, vou te matar”, ameaçou o marido.
E Fátima respondeu: “Mesmo se você me matar, meu espírito irá para Deus, porque você matou apenas o corpo físico”.
Apesar do trauma, a nova convertida teve a fé fortalecida e passou a orar pela conversão do marido.
“Decidi seguir Jesus”, afirmou ela.
A Guerra no Sudão
A guerra no Sudão completou um ano no dia 15 de abril. Em 2023, uma grande disputa entre o exército do Sudão e o grupo paramilitar Forças de Apoio Rápido (RSF) tomou a capital do Sudão, Cartum.
Com isso, a guerra civil começou e tem causado resultados desastrosos para a população. Além da crise alimentar, um relatório recente da ONU acredita que mais de 8 milhões de vítimas se tornaram deslocadas internas e refugiadas no último ano.
Os combates contínuos, que criaram uma crise de insegurança, impossibilitaram o deslocamento de ONGs, como agências da ONU, para prestarem o apoio necessário às pessoas deslocadas.
Segundo um especialista da missão Portas Abertas, a guerra em curso trouxe sofrimento para os cidadãos sudaneses, em geral, mas especialmente para os cristãos, que são ainda mais marginalizados por sua fé.
“Embora todos os sudaneses sofram devido à guerra, os cristãos enfrentam dificuldades excepcionais porque eles não recebem o mesmo apoio das comunidades”, explicou ele.
“Nossos contatos relataram recentemente sobre cristãos abrigados em igrejas ou em outros locais onde não se misturam com o resto da população, porque se o fizerem, serão discriminados por serem cristãos e isso torna a sobrevivência ainda mais difícil para eles. Na distribuição de ajuda humanitária, os cristãos não recebem oportunidades iguais”, acrescentou.
Segundo o Global Christian Relief e com informações do guiame, a Lista Mundial de Perseguição de 2024 relata que os cristãos no Sudão são especialmente vulneráveis em tempos de guerra. A informação foi confirmada pelo número considerável de igrejas fechadas ou danificadas e os muitos cristãos que enfrentaram ataques. Além da opressão que aqueles que decidiram deixar o islamismo para seguir a Cristo.
O Sudão ficou em 8º lugar na Lista Mundial da Perseguição 2024 da Missão Portas Abertas dos lugares mais difíceis para ser cristão.
Com informações da Publicação: "Perseguição no Sudão: Cristã é espancada pelo marido por se recusar a negar Jesus" disponível em NT Gospel.